domingo, 7 de julho de 2019

A revelação dos mistérios de Deus



Nós nos guiamos pela Palavra de Deus, não nos guiamos pela cultura. Se puder ser provado na Palavra de Deus que na igreja apostólica, no início, havia pastoras, presbíteras e diaconisas não haveria qualquer dificuldade com isso. O problema é fazer isso sem ter fundamento bíblico. O que não significa que as mulheres não exerciam papel importante na igreja. 

Existem muitas opções de serviço a Cristo, em que você pode exercer a sua fé. Não precisa ser dentro da igreja, mas a mulher pode atuar na sua área de trabalho, na sua escola, no seu serviço, ou na sua casa cuidando dos seus filhos e do seu marido. Não faltam oportunidades pra que a gente demonstre o nosso amor e a nossa fidelidade a Cristo através do serviço.

Os primeiros templos cristãos são do século IV, depois que Constantino declarou que o cristianismo era a religião oficial do império romano. Até lá, os cristãos se reuniam em casas. Isso é importante para nós, para que não pensemos que a obra de Deus só é feita na igreja. A obra do reino de Deus pode ser feita na sua casa, no seu trabalho, em outros locais. Para que não centralizemos o cristianismo na construção de um local, mas que ele venceu e se expandiu na casa dos crentes que abriram a porta do seu lar para a comunhão dos santos. 

Toda a glória é de Deus. Ele concebeu esse plano da salvação por meio de Jesus desde a eternidade, quando nem o mundo havia ainda, Deus já havia concebido esse plano extraordinário de ter um povo pra Si. Por isso toda glória é Dele, não é nossa. Nós não temos glória nenhuma, participação nenhuma nisso. Apenas entramos com os nossos pecados e Deus é a salvação do começo ao fim, desde a sua concepção até execução do plano.

A nossa segurança eterna está nas mãos desse Deus que é poderoso, eterno, único e sábio. É Ele que nos confirma aqui e nos confirmará na eternidade. Por isso que posso ter certeza da salvação, porque quem me confirma é Deus. Se a minha salvação dependesse do meu esforço para me manter na fé ou na ética cristã, sem pender para a direita ou para a esquerda, eu já teria me perdido há muito tempo. Se a salvação é uma coisa que você pode perder, tenha certeza de uma coisa: você já perdeu! Mas se você sabe que não vale nada e que Deus é quem te resgatou e te salvou, ter certeza da salvação não é arrogância, mas é reafirmar quem Deus é.  

Que privilégio é viver nesse tempo da história, quando o mistério de Jesus nos foi revelado. Olhar para trás e ver a história da redenção, as Escrituras completas. E que responsabilidade! Pois certamente muito nos será cobrado em relação ao povo que viveu há dois, três mil anos, que não tinha tamanho conhecimento.

É pelas Escrituras que Deus revela seu plano, seu querer, a sua vontade oculta. Os mistérios de Deus estão contidos na sua Palavra. E não há mais nenhum mistério, todos eles já foram revelados. Os apóstolos já desvendaram esses mistérios, estão todos revelados no Novo Testamento, é só você ler. 

De que maneira Deus se revela, de que maneira Deus dá a conhecer a sua vontade? Através das Escrituras. Se você quer ouvir a Deus, estude as Escrituras. Se você quer conhecer os mistérios de Deus, estude as Escrituras. 

O nosso Deus é tão grande que somente aquilo que Ele revela Dele nos é conhecido e dado a perceber. Fora isso, nós temos que descansar no conhecimento que nós temos do caráter de Deus. 

Romanos 16

domingo, 30 de junho de 2019

Fazer ou não fazer planos, eis a questão



Embora tenhamos que respeitar a consciência dos fracos, não podemos deixar que a consciência dos fracos ditar a ética da igreja, senão a gente vai virar uma seita e vamos perder a nossa liberdade em Cristo, pela qual os apóstolos e mártires tão duramente batalharam e pela qual morreram, inclusive. Nós devemos suportar, agradar e acolher esses irmãos. Mas também ajudá-los a amadurecer na fé para que eles próprios desfrutem da liberdade que há em Cristo Jesus. 

As Escrituras foram dadas por Deus para que fôssemos instruídos, ensinados e edificados. Portanto, é nosso dever estudar essa revelação. Fazer dela o centro da nossa vida, guiar-nos por ela, amá-la, memorizá-la, tomar decisões com base nela. 

Jesus Cristo é apresentado na Bíblia não somente como nosso Salvador, mas também como exemplo e modelo de como devemos agradar o Pai. Há um sentido em que nós não podemos imitar Jesus. Ele não tinha pecados para confessar, não tinha consciência de culpa, Jesus não precisava de um mediador. A religião de Jesus não era o cristianismo, era a religião da perfeição, lá do paraíso, antes da queda. Mas podemos imitá-lo na sua humanidade em que ele se submeteu à vontade do Pai. Ele viveu para a Glória de Deus. Nesse sentido, a Bíblia o coloca como modelo para nós. 

O seu alvo na vida é desfrutar de toda a liberdade que Cristo te dá ou você pensa em ajudar o seu irmão, especialmente os que tem mais dificuldade? Nós devemos colocar o amor ao próximo em primeiro lugar. Cristo não buscou agradar a si mesmo, mas as injúrias que injuriavam a Deus caíram sobre Ele, e isso deve nortear os nossos princípios. 

Crer em Jesus é obedecer a Deus! O ministério de Paulo era trazer os gentios à obediência, que eles se arrependessem dos seus pecados, largassem os seus deuses, abandonassem a sua falsa religião e obedecessem ao desejo de Deus que é crer em Jesus Cristo como o Filho de Deus, o Salvador do mundo.

Essa é a vontade de Deus para todos: que se arrependam e creiam no Seu Filho. Ser crente é a mesma coisa de ser obediente. 

Fazer planos é perfeitamente legítimo e até mesmo desejável. Não devemos deixar que a confiança na providência e na soberania de Deus nos leve a conclusão errada de que planejar vai contra a Soberania de Deus. O fato de que Deus é Soberano, que ele governa todas as coisas, decretou tudo antes da existência do mundo, não quer dizer que não podemos fazer planos. Mas devemos sim, planejar: quais são os meus objetivos, os meus alvos, o que Deus quer pra mim nesse mundo de que maneira vou chegar lá, que recursos eu tenho, como vou gastar o meu dinheiro, como vou desenvolver a minha carreira... É assim que Ele determinou que nos abençoaria. Ele quer que façamos planos, que calculemos os custos, façamos orçamento, que tenhamos metas, estratégias, alvos...

Além de fazer planos, temos que orar ao nosso Deus para que esses planos sejam realizados. A oração é uma luta. Exige disciplina, perseverança, fé em Deus. É por isso que precisamos orar juntos com os irmãos, porque lutamos melhor em bando. Por isso é importante, orar com seu marido, sua família, seus amigos, em toda oportunidade que tiver pedir orações, porque é uma luta espiritual. E nós precisamos enfrentar essa luta não sozinhos, mas como igreja, como irmãos em Cristo, levando os fardos uns dos outros. 

Devemos expressar nossa gratidão, em termos financeiros, àquelas pessoas que Deus tem usado para nos abençoar. É justo que os membros da igreja contribuam financeiramente para manutenção do trabalho da igreja, missionárias, sociais. Se somos abençoados espiritualmente, nós retribuímos financeiramente. 

Quais são seus planos para a sua vida? 
Viver desordenadamente sem um rumo, sem um alvo, sem objetivos, vai contra a vontade de Deus. Deus nos deu saúde, Deus nos deu talento, Deus nos deu recursos, Deus nos deu dons. Você pode achar que você é insignificante, que não tem recursos financeiros, que você não tem saúde, que você não tem mais idade, mas nenhuma destas coisas é empecilho para que você tenha objetivos na sua vida. Nem que seja: se não posso fazer nada, eu serei um guerreiro em oração. 

Romanos 15


domingo, 23 de junho de 2019

Cristãos fracos e fortes



Jesus é Senhor e essa foi a razão pela qual Ele ressuscitou de entre os mortos. Isso significa que todos os seres humanos, de todas as épocas estão debaixo do seu senhorio, domínio e que um dia Cristo haverá de julgar a todos. É por esse motivo que fortes e fracos buscam honrar e agradar ao Senhor Jesus naquilo que acreditam e praticam, pois nós nem vivemos e nem morremos para nós mesmos, mas para o Senhor Jesus, portanto, esse é o nosso alvo na vida e na morte.

As categorias de fracos e fortes não são categorias espirituais. Ao chamar os cristãos de fracos, Paulo não está negando que eles tinham fé ou que eram crentes no Senhor Jesus Cristo e tinham conhecido a graça de Deus. Mas sim porque o conhecimento e a fé que eles tinham amadurecido o suficiente para perceber que tais coisas são indiferentes. Elas não fazem parte e não são essenciais para a vida cristã. E talvez essa fraqueza mencionada pelo apóstolo era a sensibilidade para se escandalizar ao ver outras pessoas fazendo isso. 

Os chamados de fortes, não era por serem mais espirituais e sim porque a consciência deles já tinha resolvido essa questão e eles podiam comer sem culpa aquele tipo de alimento, se sentiam livres para desfrutar de todas as coisas criadas por Deus, em termos de alimentação. Ou seja, fraco e forte não tem a ver com a questão da salvação, mas com o amadurecimento espiritual e crescimento na fé. 

Isso nos ensina que há assuntos dentro do cristianismo que não são  matéria de fé, que são questões secundárias, e ainda sobre as quais os cristãos divergem, por causa do passado, suas experiências, a sua maneira de ver o mundo, a maneira que foi criado, o pano de fundo religioso. Se essas matérias são matérias de liberdade cristã de consciência e não tem nada a ver com as grandes doutrinas do Evangelho, elas são secundárias.

Há uma série de circunstâncias que influenciam a maneira como as pessoas fazem interpretações e como elas apercebem da realidade. Então temos que estar preparados, porque há diferentes opiniões sobre questões secundárias dentro do cristianismo. E precisamos aprender a conviver com os irmãos e acolher os nossos irmãos em Cristo, não para discutir opinião e não para julgar ou condenar.

O relacionamento tem que ser guiado pela consciência de que Jesus Cristo é o nosso Senhor, é a Ele quem nós queremos agradar, é pra Ele que nós comemos e deixamos de comer, é pra Ele que vivemos e é pra Ele que nós haveremos de morrer. E é diante Dele que nós haveremos de prestar contas dos nossos atos e é Diante dele que nós estamos de pe ou caímos. A consciência do senhorio e Jesus nos unifica debaixo do seu trono, nos coloca juntos, unidos debaixo da consciência de que do seu domínio sobre todos. Se focarmos no Senhor Jesus nós poderemos conviver com as nossas diferenças. 

Escandalizar ou colocar tropeço não é ofender alguém, mas sim levar alguém a pecar através do seu exemplo. Ou seja, escandalizar é você, pelo seu exemplo, estimular alguém a fazer alguma coisa cuja a consciência dele não está preparada pra fazer. 

Em matéria de liberdade cristã, nessas coisas secundárias, o princípio que me guia não é o princípio da liberdade, mas sim o princípio do amor ao próximo e o princípio do amor às coisas de Deus. O resultado prático é que vão ter situações em que eu vou ter que abrir mão da minha liberdade para não causar tropeço, nem colocar dificuldade no avanço do Reino de Deus. 

Romanos 14


domingo, 16 de junho de 2019

O resumo da Lei de Deus

 
Deus, na sua providência, que nem sempre é clara e nem sempre nós percebemos, permite que determinados governos se levantem, ou por bem ou por mal, da maneira certa ou ilegítima, mas no fundo elas estão cumprindo um propósito de Deus que é o bem do seu povo. De que maneira nós não sabemos, mas sabemos que o nosso Deus está no controle. 

Nós não sabemos como, porquê, nem os motivos de Deus, mas não há autoridade que não foi instituída por Deus. Então Ele sempre está detrás das autoridades, que nem sempre são justas. Assim, quando você resiste à autoridade estabelecida, você está indo contra o que Deus instituiu. Então, se nos opormos à autoridade, estaremos resistindo à ordenação de Deus. 

Entretanto, há uma exceção! Quando leis são aprovadas que obriguem o cristão a ir contra a Lei de Deus, então o cristão está desobrigado de seguir o governo. Quando o estado obriga o cristão a ir contra a minha consciência e o meu dever para com Deus, então ele está desobrigado de obedecer ao governo, e ele vai ter que enfrentar as consequências da sua desobediência. É nesse instante que vai ficar claro se ele ama, de fato, mais a Deus do que a sua própria vida e se ele está disposto a renunciar a sua liberdade e segurança por amor à Palavra de Deus. 

Através dos governantes, Deus incentiva e louva os que praticam o bem e Ele pune e se vinga daqueles que praticam o mal. Então, essa é a razão pela qual Deus estabeleceu as autoridades, para não vivermos em caos. E essas autoridades vão responder diante de Deus pelo mal uso e abuso do poder que Deus concedeu. 

Toda a Lei se resume a um só preceito: amarás o teu próximo como a ti mesmo. Todo o Novo Testamento diz que esse mandamento resume toda a vontade de Deus para nós aqui nesse mundo. Isso porque o amor não pratica o mal contra o próximo, o amor não faz mal ao próximo. Amor não é um sentimento, mas é uma atitude, é a obediência aos mandamentos de Deus com relação ao meu próximo. Mesmo que você não goste de uma pessoa, você vai respeitá-la porque o amor é uma dívida. 

Ou seja, quem ama, não adulterará. Quem ama o seu próximo, não vai se deitar com a esposa dele, não vai trair o seu próprio cônjuge, que é o próximo mais próximo que se tem. Vai fazer tudo para proteger o casamento dos outros e o seu próprio casamento. 

Quem ama não vai atentar contra a vida de alguém, não vai alimentar sentimentos de ódio, de vingança, e irá tomar todas as medidas para cuidar da vida do seu próximo. Logo, quem ama, cumpre o mandamento: não matarás. Quem ama o seu próximo também vai ser justo, honesto, transparente quando fizer algum negócio com o seu próximo. Você não vai enganá-lo nas negociações ou em qualquer parceria ou negócio que fizer com ele. Você será generoso, bondoso para com as necessidades dos outros. Você não vai se apropriar indevidamente daquilo que pertence ao seu próximo. Você vai respeitar as propriedades dele, tudo o que ele tem. Então quem ama, cumpre o mandamento: não furtarás. 

Quem ama o seu próximo não fica com inveja dele, quando ele prospera. Você não fica frustrado, com raiva, quando ele compra um carro melhor do que o seu, uma casa mais bonita que a sua. Quem ama, cumpre a Lei. Nesse raciocínio, Paulo nos ensina ainda que se você amar o seu próximo como você ama a si mesmo, você estará amando a Deus de todo o seu coração, com todas as suas forças, todo seu querer e de todo o seu entendimento.

Ou seja, o cumprimento da Lei é o amor! Nós fazemos a vontade de Deus aqui nesse mundo, movidos por gratidão, quando nós amamos o próximo nesses pontos: quando respeitamos o seu casamento, o seu nome, a sua autoridade, os seus bens, a sua vida, e tudo isso a partir de um coração que não cobiça absolutamente nada que pertença ao seu próximo.

Apesar de não estarmos mais debaixo da condenação da Lei, ou seja, não somos mais condenados por não cumprir os 10 Mandamentos; a Lei permanece para o cristão como regra de fé e de prática, como expressão de como ele vai viver aqui nesse mundo. É assim que devemos viver no mundo, como quem foi perdoado gratuitamente por Deus. 

Deus derrama o seu amor em nossos corações para que a gente possa amar o próximo. 
E quem é o próximo? É todo aquele que precisa de nós!

Romanos 13

domingo, 9 de junho de 2019

A vontade soberana de Deus


 
Quando a nossa mente é realinhada para pensarmos conforme a Palavra de Deus, nós podemos experimentar a boa vontade Dele. A vontade de Deus é aquilo que Ele soberanamente estabeleceu e deseja para todos os seus filhos, a princípio revelado nas Escrituras, mas também o plano que ele tem para cada um de nós individualmente. A vontade de Deus, na Bíblia, se refere a duas coisas: 

A primeira é aquela vontade de Deus que foi revelada na Escritura: não é uma vontade secreta de Deus, é o plano que Ele tem para cada pessoa, é a vontade pública de Deus, já está na Escritura, não é necessário pedir que Ele lhe mostre isso. Por exemplo: a santificação.

Mas existem também a vontade secreta de Deus, que são os planos que ele tem pra mim e pra você, individualmente. É o que a gente chama de providência de Deus, que geralmente é oculta e a gente só sabe quando ela acontece. Por exemplo: com quem eu vou casar, que emprego vou ter, onde eu vou morar...

A medida que renovamos a nossa mente, nós vemos como aquela vontade de Deus está resumida nas suas misericórdias, como ela é boa, perfeita e agradável. E como através dela, eu posso tomar as decisões corretas e assim experimentar na minha vida, nas minhas escolhas, o plano de Deus particularmente para mim. Ou seja, o que Deus quer que eu faça em cada situação a partir dessa vontade revelada nas Escrituras Sagradas. 

Experimentar essa vontade significa conhecê-la, entendê-la, prová-la e portanto experimentá-la, senti-la, entender que você está fazendo aquilo que Deus deseja. Essa vontade é boa, porque Deus sempre busca o bem dos seus filhos; é perfeita porque não há erro nenhum, engano nenhum nos planos de Deus; e é agradável porque satisfaz a nossa mente e o nosso coração. 

Com base nas misericórdias de Deus, ofereça o seu corpo em sacrifício a Deus, que é o culto racional. Na prática significa: não deixar se moldar pelo mundo e ser transformado. Essa transformação é feita pela renovação da sua mente, e fazendo isso você vai experimentar a vontade de Deus no seu dia a dia, a vontade que é boa, perfeita e agradável. 

Nos apeguemos ao que ensina a Palavra de Deus, porque a nossa esperança não está aqui nesse mundo, mas na eternidade. 

Romanos 12

domingo, 2 de junho de 2019

O futuro de Israel


A liderança da nação de Israel tinha entregado Jesus para ser crucificado. Mas entre o povo havia o remanescente fiel que não dobrou os joelhos a Baal. O povo de Deus dentre o povo escolhido. A igreja de Deus dentro da nação. É com esses que Deus tem um pacto, esses são os verdadeiros filhos de Abraão, esses são os filhos da promessa. 

Deus elegeu dentre a nação de Israel aqueles que Ele quis para a salvação. A eleição não foi por causa das obras que os eleitos fizeram, mas pela Graça. A eleição os alcança pra que eles vejam e creiam em Cristo e na sua ressurreição, e sejam salvos.

A salvação é um dom de Deus. É pela Graça e misericórdia de Deus. E Deus faz isso aos seus amados, aos seus eleitos, que Ele escolheu antes da fundação do mundo. Os demais Deus deixou entregues a dureza do seu próprio coração. Deus endurece quem se repele a Ele.

Por isso, o crente deve ser grato nesse mundo, por mais provações que ele passe. Porque ele é parte do Reino de Deus e precisa ver o quadro geral. 

O futuro de Israel é a conversão ao Messias, e quando eles se converterem, eles se tornam igreja como você e como eu. O tempo que os judeus estarão endurecidos contra Jesus será até que o número de eleitos que Deus predestinou antes da fundação do mundo, dentre todas as nações, se completar e eles tiverem entrado no Reino de Deus através da pregação do evangelho, do arrependimento e da fé. Então Deus vai se voltar para os judeus outra vez. Ou seja, o retorno de Deus para Israel e de Israel para Deus não significa nada mais do que a salvação dos judeus. 

O período de revelação dos planos de Deus já se encerrou. Deus já revelou os mistérios aos profetas do Antigo Testamento e aos apóstolos do Novo, que escreveram a Bíblia. A Bíblia é o registro infalível da revelação dos mistérios de Deus. Nela temos os mistérios de Cristo, os mistérios da inclusão dos gentios, do futuro de Israel, da segunda vinda de Jesus, do propósito eterno de Deus. Tudo já está revelado. Cabe a nós estudar a Bíblia, pesquisar a Escritura para conhecer esses mistérios, entendê-los e aplicá-los na nossa vida. 

A razão de ser da eternidade é a comunhão infindável com Deus, para esgotarmos o conhecimento Dele. A eternidade toda não será suficiente para conhecê-Lo. É isso que faz o Céu ser o que é. 

Desde a eternidade esse Deus resolveu criar o mundo, e elaborar esse plano onde Ele tivesse um povo para si, que lhe desse glória para todo o sempre. Um mundo onde o pecado fosse conquistado de vez e resolvida a questão do arbítrio moral de suas criaturas. Ele fez isso na eternidade.

Se Ele não nos tivesse revelado isso, nenhum de nós conceberia um plano como esse, nenhum de nós, reconheceria a sua ação na história, nenhum homem seria capaz de imaginar partes desse plano e a maneira como ele foi implementado, o que é uma das evidências claras da origem do evangelho. Homem algum poderia ter concebido isso.

Esse Deus bondosamente nos revelou esse plano, e essa revelação nos foi dada pelos profetas e apóstolos, que foram levantados por Deus para escrever a Escritura. E nesse livro inspirado por Deus, Ele registrou esse plano, revelou o seu propósito, ele manifestou o seu beneplácito de fazer convergir em Cristo todas as coisas na plenitude dos tempos. É na Bíblia que conhecemos o mistério da Sua vontade, as partes desse plano, os seus métodos, caminhos e desígnios. 

É a meditação desse Evangelho que deve levar o crente a sentir alguma coisa. É meditar nesse plano, na grandeza de Deus, na Sua sabedoria, que faz com que as paixões mais profundas despertem do nosso coração. É isso que deve nos emocionar e nos envolver. As verdadeiras emoções religiosas são aquelas despertadas pela contemplação desse mistério, da profundidade do conhecimento de Deus na sua grandeza e da sua majestade. 

Se isso não colocar você de joelhos, se isso não humilhar você, não encher os seus olhos de lágrimas e fazer com que a alegria inunde o seu coração, alguma coisa está errada. Você talvez nunca compreendeu o Evangelho, se ele nunca produziu isso em você. É isso que tem que mover o nosso coração, é isso que nos anima em meio ao sofrimento. Porque podemos dizer que conhecemos esse Deus. 

É impossível alguém compreender o Evangelho como Paulo explicou e não ter a sua vida mudada e continuar como era, se sentir indiferente pra com essas coisas. É impossível ficar indiferente ao Evangelho: ou você vai odiá-lo profundamente ou vai amá-lo com todas as veras da sua alma e vai dedicar-se a viver inteiramente pra Cristo Jesus, que é o centro do seu plano. 

É isso que deveria levar o cristão a calar a boca e não falar do que não sabe. Porque, infelizmente, tem muito cristão que critica Deus. 

Você foi conselheiro de Deus? 
Você conhece a mente do Senhor? 
O que é que você sabe? 
Por que você fala do que não sabe? 

Ao invés de se levantar com arrogância e prepotência para julgar os caminhos de Deus e o plano da salvação, você deveria estar de joelhos diante Dele, dizendo: Deus tenha misericórdia de mim, porque os teus caminhos são insondáveis, a tua providência é inescrutável, os teus planos são mais altos do que os meus, dá-me um coração humilde para que eu possa entender. 

Romanos 11


domingo, 26 de maio de 2019

O cristianismo não é uma religião individual




O propósito da Lei que Deus para a nação de Israel é a pessoa de Jesus Cristo. Como os judeus rejeitaram, isso significa que eles não se sujeitaram. O caminho é Cristo para a justiça de todo aquele que crê.

O que salva não é a sinceridade, mas o conhecimento. O que salva é a verdade! Se você crê sinceramente no erro, você será condenado do mesmo jeito que alguma pessoa que não quer saber de nada e que segue o erro de qualquer maneira.

Não há contradição entre a soberana eleição de Deus e obrigação da igreja, de levar o evangelho a todas as pessoas, em todo lugar, e orar pelas pessoas, mesmo sabendo que a salvação em última análise depende de Deus. Nossa justiça própria nos impede de conhecer, aceitar e nos sujeitar ao caminho de Deus para a nossa justificação. 

Toda pessoa que quer ditar as regras e impor a maneira pela qual ela vai se relacionar com Deus, ela não vai se sujeitar ao caminho de Deus. Ou é o caminho de Deus ou é o seu. Não pode ser os dois. Não é você quem decide como você vai ser salvo. Você não pode estabelecer os termos da sua salvação. É Deus quem estabelece, ou você aceita ou você vai seguir uma religião que você inventa, como os judeus fizeram, e o resultado vai ser a perdição. 

Porque só há uma religião que salva e é aquela que Deus revelou nas Escrituras, que é mediante a fé em Jesus Cristo e não há outro caminho. Se você tem esperança e pensa que vai ser salvo pelos seus méritos, sua justiça, seu esforço e moralidade, você está criando um caminho que não é o de Deus e, portanto, está excluindo você mesmo do caminho da salvação que Deus havia revelado. Você vai ficar cego espiritualmente e não vai perceber a verdade. 

Não há possibilidade alguma de perdão e reconciliação com Deus se você rejeitar o caminho Dele, que é Jesus Cristo e Ele crucificado. Você pode ter noções erradas sobre outras áreas do cristianismo: batismo, escatologia... isso não vai impedir você de entrar no céu. Mas sobre a salvação, você precisa estar seguro de que a sua única esperança é Jesus Cristo e não você ou nada que há em você, mas a obra completa Dele completa na cruz do calvário. 

A salvação sempre foi do mesmo jeito: antes de Cristo ou depois de Cristo. Deus não tem dois métodos de salvação, Deus não tem dois povos, Deus nunca teve plano B, Deus sempre teve um único povo que foi salvo sempre da mesma maneira, o Evangelho sempre foi um. 

Há uma unidade entre o antigo e novo testamento. Nós fazemos parte de um povo antigo. A igreja não começou em Pentecostes. A igreja começa no Éden, com a palavra da redenção: de ti virá o descendente que esmagará a cabeça da serpente (Gênesis 3.15)

Uma fé que não é professante, é inexistente!

Você nunca pode negar Jesus Cristo, se você crê que Ele é seu Senhor e Salvador. Isso tem que fazer diferença na sua vida, no seu trabalho, na sua escola, na sua família. O cristianismo não é uma religião individual que você guarda pra você. Mas é uma religião confessante, ela é pública! Ela compromete aquele que diz que crê, ela exige um compromisso. Se você crê no seu coração que Jesus ressuscitou dos mortos pelo poder de Deus, então seja coerente com isso no dia a dia. 

Quando a Bíblia diz que Deus não faz acepção de pessoas significa que Deus não tem diferentes métodos de salvação para as pessoas, como se de repente algumas pessoas fossem mais privilegiadas do que outros. Não há distinção neste ponto. Todas que serão salvas, serão mediante a fé no Messias, não há outro caminho. Deus não vai fazer diferente, porque são todos pecadores. 

O fato de que dentre a humanidade perdida, Ele escolheu quem Ele quis para ser salvo, ouvir o Evangelho, se converter não é fazer acepção de pessoas. Porque ninguém tem o direito de ser salvo, porque todos pecaram e carecem da glória de Deus. E Deus não é obrigado a dar isso a ninguém, Ele dá a quem Ele quer e ao fazer isso Ele não está fazendo distinção de pessoas, porque esses que foram escolhidos por Deus serão salvos do mesmo jeito, da mesma forma, seja homem, mulher, negros, judeus, gentios... 

Quem é você para discutir com Deus se Ele quer salvar um e não quer salvar outro?

Romanos 10

domingo, 19 de maio de 2019

A Soberania de Deus e a responsabilidade humana




"Se Deus acertou na escolha do método PERFEITO para a salvação do homem, poderia errar no ALVO?"

Paulo pregava que o Templo não era mais o local pra Deus ser adorado, porque nós somos o templo. Deus não habita mais templos feitos por mais humanas. O povo de Deus é o templo que o Senhor habita. O Espírito Santo testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Todo crente verdadeiro tem uma consciência iluminada pelo Espírito Santo. E o Espírito Santo diz ao crente quando ele tá falando a verdade e quando ele tá mentindo. Se a luz vermelha não acende na sua consciência quando você diz uma mentira alguma coisa tá errada. Porque o Espírito Santo testifica com a consciência do cristão. Então você sabe quando está mentindo. O Espírito Santo diz a você.

Rejeitar a Cristo trará como consequência perdição eterna. É isso que fazia Paulo chorar por seu povo. Paulo sabia que ao rejeitar a Cristo os judeus estavam perdidos. Os judeus receberam privilégios mas esses privilégios em si não garantem a salvação se eles não crerem em Jesus Cristo. Se o judeu não crer em Jesus, como seu senhor e salvador, e da mesma forma você e eu e qualquer outra nacionalidade nos estamos perdidos nas nossas ofensas e pecados. Não há redenção a não ser mediante Jesus Cristo. Não há outro caminho ou outra possibilidade.

Deus sempre teve somente um povo. Na antiga aliança era o Israel dentro de Israel, nova aliança é a igreja de Cristo. Sempre foi o mesmo povo, a mesma aliança, os mesmos sacramentos. Na antiga aliança era o sábado, Páscoa e circuncisão. Na nova aliança é domingo, batismo e ceia. Apenas mudou a forma pra ser mais abrangente mas sempre foi a mesma aliança, o mesmo povo, o mesmo culto. Ou seja, a Palavra de Deus não falhou. Porque o compromisso de Deus era com esse povo que Ele tinha escolhido dentre a nação de Israel: o remanescente fiel. O compromisso com Deus é com os seus eleitos e não com os descendentes físicos de Abraão.

Deus chama quem Ele quer. E esse chamado não é baseado em obras, em quem merece ou quem é melhor do que o outro. É baseado na Soberania de Deus. A Bíblia ensina claramente a soberania de Deus na salvação do homem. 

Deus é injusto porque amou a Jacó e odiou a Esaú? Não! Porque tem misericórdia de quem Ele quiser porque Ele é Deus e endurece a quem Ele quer. E Ele não está sendo injusto ao fazer isso porque aqueles que Deus endurece, já estavam endurecidos antes. 

Nós podemos até dizer que não concordamos ou que não entendemos, mas uma coisa você não pode dizer: que não é bíblico.

Quando compreendemos essa doutrina da soberania de Deus para a salvação do homem, essa verdade nos humilha diante de Deus, porque não depende de mim ou de quem merece, mas de Deus usar de misericórdia. Você não pode se converter quando você quiser, porque não depende de quem quer ou de quem corre. O momento de se converter é quando Deus mostra a Sua misericórdia e a Palavra Dele está sendo pregada e você é confrontado esse é o momento de se arrepender e crer. Não há nada que nos tire mais a arrogância e a justiça própria do que essa doutrina. 

O plano da redenção da humanidade termina com a glória de Deus sendo revelada, mostrando a Sua misericórdia, graça e bondade naqueles que Ele salvou de entre a humanidade perdida. E mostrando a Sua justiça, santidade e ira naqueles que se perderam eternamente. 

A Soberania de Deus não anula a responsabilidade humana. O fato de que Deus é soberano e que Ele faz o que Ele quer, não anula a sua responsabilidade pelas escolhas que você faz, pelas decisões que você toma, pelos erros que você comete. 

O nosso coração se recusa a aceitar a Graça de Deus. Como é difícil pra nós, nós não sabemos o que é Graça, misericórdia, pela qual Deus nos concede livremente o seu perdão. Talvez você até esteja O buscando, mas no seu íntimo a sua confiança está em alguma coisa que você é ou pensa que é. 

Se você morresse, chegasse na porta do Céu e Jesus perguntasse: por que você deveria entrar no Céu? Você só tem uma chance de responder. O que você responderia?

Se a sua resposta tiver algum elemento que mostre que você está confiando em você, a porta vai se fechar na sua cara! Porque só há uma resposta correta a essa pergunta. E a resposta é: Porque o Senhor morreu por mim! Porque o Senhor sofreu por no meu lugar, levou a minha culpa, pagou a minha dívida, e por causa do que o Senhor fez Deus me justificou e me vê como Justo. Só por isso, o Senhor é a minha única esperança. Se o Senhor não me salvar ninguém mais pode me salvar, muito menos eu. 

Se você for para o Céu, é Graça de Deus. 
Se você for para o inferno, a culpa é sua.

Romanos 9


domingo, 12 de maio de 2019

Como ter certeza da salvação?



Não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus! Essa é a maior benção que alguém pode ter aqui. É ir dormir sabendo que já não paira nenhuma condenação sobre ele, que ele é filho do Deus altíssimo e que nenhum castigo chegará a ele, porque Deus não tem mais nada contra essa pessoa.

Como saber se eu estou salvo?

Aquilo que eu penso, aquilo que ocupa o meu coração, aquilo que eu dou atenção durante o meu dia. Onde estão os seus pensamentos e o seu prazer? Você consegue passar uma semana sem querer ler a Palavra de Deus? 

Uma pessoa que está no Espírito pode até fazer algo errado de vez em quando. Mas ao fazer isso, ela está indo contra o que está dentro dela. Da mesma forma, o perdido pode ser honesto e fazer boas ações. Isso porque a graça comum recai sobre salvos e perdidos. Se Deus não tivesse feito isso, já teríamos nos devorado há muito tempo. 

Viver na carne ou no espírito diz respeito aos princípios dominantes da vida de cada um. Então como saber se estou na carne ou no espírito? 

Pelos resultados que eles produzem. A carne produz morte, vazio, desespero, falta de sentido, desesperança, falta de entendimento das questões fundamentais da nossa vida. O espírito produz vida e paz verdadeira no relacionamento com Deus e com as outras pessoas. A obra de Cristo na cruz quebrou o domínio da carne em minha vida. 

Não podemos conformar o cristianismo ao padrão da nossa experiência, mas à luz do que a Bíblia diz. Nós somos devedores a Deus, na pessoa do seu Filho Jesus Cristo. Eu sou constrangido a obedecer a Ele, a servir a Ele de todo coração. 

Se pelo poder do Espírito Santo, você mortificar o pecado em seu coração e dominar suas paixões do corpo, então você está diante de uma das provas de que você é filho de Deus e que não há mais nenhuma condenação sobre você, porque você não está mais obrigado a fazer o que a carne manda. 

Se eu sou filho de Deus, o Espírito Santo, que Deus colocou em mim, me guia e me dá força para que eu viva no caminho de santidade e diga não ao pecado. Não é você que guia o Espírito Santo! O Espírito Santo não é uma coisa que eu controlo, é Ele quem me controla, que nos têm.

Todos que são de Cristo, têm o Espírito Santo. E quando eu recebi o Espírito Santo? No momento da regeneração, quando me arrependi dos meus pecados, quando eu cri em Cristo Jesus como meu Salvador, Deus então me deu o seu Espírito. E esse Espírito me faz dirigir a Deus como meu Pai. 

O próprio Espírito Santo testifica ao nosso espírito que somos de Deus, e que nos faz não perder a esperança e não voltar atrás. E se somos filhos, também somos herdeiros. E tudo o que é Dele, é nosso. E a Bíblia também diz que somos co-herdeiros com Cristo. O verdadeiro herdeiro é Ele, porque Ele é o filho mais velho. Porque tudo é por Ele e para Ele. 

Como eu sei disso? Já que com Ele sofremos, também com Ele seremos glorificados. 
Seguir a Cristo significa sofrer com Cristo, porque todos que quiserem viver piamente em Cristo Jesus sofrerão perseguição. Ou você tem o gosto pelo pecado ou tem a certeza da salvação. Os dois você não pode ter!

No entanto, os sofrimentos que nós passaremos aqui, serão irrelevantes se comparados com a glória que está por vir na eternidade.Se você pensa que a sua felicidade está aqui nesse mundo, então você está iludido. A nossa fonte de expectativa e alegria é exatamente a glória vindoura. 

Porque se você põe a sua felicidade em uma pessoa ela vai decepcionar você. Se você põe a sua felicidade nas riquezas, elas não vão encher o seu coração, tá cheio de rico oco, que vive em angústia cometendo suicídio. Não há nada nesse mundo que pode encher o nosso coração. Por isso coloque os olhos lá, e não ponha a sua esperança nesse mundo. A vida cristã é uma vida de espera. 

Também, nada pode nos separar do amor de Deus. Por isso somos mais do que vencedores. Somos mais do que vencedores porque o sofrimento não nos separa de Cristo. Ao contrário, ele nos empurra para os braços de Cristo.

Referência: Romanos 8

domingo, 5 de maio de 2019

O que é pecado?



A nossa escravidão à Lei dura o tempo da nossa vida. Nós nascemos debaixo do domínio da Lei e morremos debaixo do domínio da Lei. Ou seja, o tempo todo da sua vida aqui neste mundo, você está debaixo da Lei de Deus. Todos os dias é isso que Deus quer de você: não terás outros deuses, não adulterarás, não cobiçarás o teu próximo, honrai pai e mãe...

Não há um segundo da sua existência que você não esteja debaixo do domínio da Lei. Isso quer dizer que nós nascemos já obrigados a guardar toda a lei de Deus e, portanto, condenados, porque nenhum de nós vai cumpri-la perfeitamente. A lei nos enquadra como pecadores. E portanto, nos destina ao castigo de Deus e à justa ira de Deus. Esse é que é o nosso problema. A lei exige, determina, cobra e sentencia. Se você não cumprir estas coisas você sofrerá o castigo e o juízo de Deus. 

Isso para os judeus, que receberam a lei escrita, mas também para os pagãos. Os pagãos receberam a revelação de Deus na consciência e no coração. E também pela criação. A criação fala da grandeza de Deus. De um Deus que antecede a realidade presente, um Deus que tem governo e domínio sobre todas as coisas. Não existe nenhuma pessoa, nunca existiu qualquer pessoa que veio a este mundo, que não estivesse debaixo da lei e portanto, debaixo da sua condenação.

Não existe a menor possibilidade de escaparmos do domínio da lei sobre nós, enquanto estivermos vivos. A morte é a única coisa que nos liberta do domínio da lei. Porque a morte cancela todos os contratos. 

Como então que Deus nos livra da condenação?

Não é tirando a lei, porque a lei de Deus é perfeita, pura e eterna. O problema não é a lei. Da mesma forma que morremos para o pecado, em Cristo, também morremos para a Lei. O cristão não está mais debaixo da Lei, porque ele morreu para a Lei mediante o corpo de Jesus Cristo. 

A raiz de todos os pecados está resumida no 10 mandamento: não cobiçarás. Eu não teria conhecido o pecado, sem o intermédio da lei. A lei não é pecado. Mas eu só sei que cometi algum pecado porque a lei me contou. A cobiça não é somente ruim e faz mal. Mas ela é a transgressão da vontade de Deus. Quando a lei diz não cobiçarás, ela revela o mais profundo do meu coração. Aquele princípio perverso que está no meu coração que é a minha natureza pecaminosa que está em realce.

É a lei pecado? Não. Mas eu não teria conhecido o pecado se não fosse por intermédio da lei. Porque eu não teria conhecido a cobiça, o que a cobiça significa e a sua seriedade. Ela trouxe ocasião para o pecado despertar todo o tipo de cobiça em mim.

A lei é pecado? Não. Mas ela revive o pecado e o pecado me causa morte.

A lei expressa a santidade de Deus. A lei é santa, porque Deus é santo e separado do pecado. A lei Dele expressa a santidade Dele. A lei é justa. Ele não pede nada que seja injusto, que passe dos limites. A lei Dele promove a justiça entre os homens, entre o homem e Deus. E ela é boa porque quer o nosso bem.
Quando ela diz não adulterarás, quer proteger a família. Quando diz não matarás quer proteger a vida. Quando diz não dê falso testemunho, quer proteger a reputação do meu próximo. Quando diz não cobiçarás tá querendo proteger tudo que é do meu próximo, desde sua esposa até os seus bens. Quando diz honra teus pais, tá querendo proteger as autoridades e quando diz não terá outros deuses, não fará imagem ou escultura, não tomará meu nome em vão, Ele está querendo preservar a religião. A lei é boa. Não tem nada errado com ela. O problema somos nós. Esse é que é o problema.

O homem sabe o que é certo, ele tem lampejos de compreensão disso, mas entra numa agonia mortal de não conseguir obedecer a Deus.

A corrupção é completa. Ela cega o coração do homem até ele ser incapaz de fazer o que é certo aos seus olhos. Esse capítulo mostra a cegueira do homem que está sem Deus. Ele não percebe seu estado.

A moralidade, fazer boas ações, ajudar o próximo, não conseguem aplacar as paixões pecaminosas do coração. Só a cruz de Cristo faz isso. A sua justiça própria não consegue dominar o pecado no seu coração. Só tem um caminho pra isso. É Jesus Cristo crucificado. Só há uma saída pra isso. É morrermos pra lei, unidos com Cristo na sua cruz, e a lei não mais nos alcança.

Não somente somos pecadores mas estamos debaixo da lei que nos condena. Você nunca poderá ser aceito por Deus com base em boas obras, em ações meritórias, ser uma pessoa boa. Porque você não é uma pessoa boa, eu não sou, nenhum de nós é. 

Nunca nenhum de nós será recebido na presença de Deus com base por causa de qualquer coisa que haja em nós, por isso que a salvação é mediante pela graça, em Jesus Crucificado. Quando ele ali pagou a penalidade exigida pelos nossos pecados. Ou você está na lei ou você está na graça.

A lei é espiritual, eu sou carnal. Eu quero fazer o bem, mas não consigo porque o pecado me escraviza. Eu não tenho força para fazer o bem. O pecado habita em mim e tomou conta do homem, como um todo. 

Eu quero o bem, mas não consigo obedecer a Deus. Embora eu saiba o que é certo e errado, minha mente sabe o que é certo fazer, não tenho forças para fazê-lo. Dentro de mim habita o mal que me domina. Não permite que eu vá adiante em obedecer a Deus e cumprir a sua lei. Eu não consigo fazer o que é certo. Dentro de mim só existe maldade. E por isso eu faço o mal, porque o bem que eu quero fazer, eu não consigo.

Quem vai me livrar dessa situação? 

É nesse nível de desespero que Deus quer nos levar. Se não chegar nesse ponto, você não pode ser salvo. Esse é o ponto que o pecador se rende e diz: eu preciso de um Salvador. Eu preciso de alguém que me liberte desse pecado.

Paulo está descrevendo a situação de um homem que percebe que está debaixo da lei e que não pode por si mesmo se salvar.

O pecado aleijou o arbítrio humano. Se Deus nos deixar a nossa própria escolha, nos vamos escolher o mal sempre. Portanto se Ele não tiver misericórdia de nós, vamos permanecer nesse processo de morte, causado pelo pecado. A lei de Deus foi criada para que o melhor de todos os homens fosse levado ao desespero.

Referência: Romanos 7

domingo, 28 de abril de 2019

A pior escravidão é...



A pior escravidão é a escravidão do pecado. O cristão não é escravo do pecado. Ele pode dizer não para o pecado. É por isso que o velho homem foi crucificado com Cristo na cruz do Calvário. 

Quando Cristo morre na cruz, Ele morre para o pecado e eu morro com Ele. Quando Ele ressuscita ao terceiro dia, Ele vence não somente o pecado, mas a consequência deste que é o pecado... e eu também com Ele. Eu estou unido não só na morte Dele mas na ressurreição Dele também! E portanto, a morte já não tem domínio sobre Cristo. Cristo é imortal, Ele está vivo.  E da mesma forma que a morte não tem domínio sobre Ele, o pecado também não tem mais domínio sobre mim. Saber disso não basta. Você tem que se considerar assim: morto para o pecado e vivo para Deus. 

Deus faz isso gratuitamente, sem exigir as obras da lei, da parte do homem. Ele faz isso livremente, sem impor condições aos seres  humanos, exatamente porque eles não tem  condição alguma a cumprir, exatamente porque eles não podem satisfazer o menor dos requerimentos de Deus. Por isso Deus os justifica, perdoa e aceita gratuitamente. Isso é Graça. Logo, viver debaixo da Graça é entender que debaixo da Lei você não pode agradar a Deus. Jamais satisfará as suas demandas e você humildemente recebe gratuitamente o perdão e salvação que Deus lhe oferece mediante Jesus Cristo, porque é somente nessa base que Deus pode ser gracioso.

Somente porque Cristo Jesus, o Filho de Deus, um de nós, nosso representante, obedeceu a lei enquanto estava nesse mundo. Nunca quebrou um mandamento de Deus e na cruz do Calvário, Ele levou a penalidade, a culpa e o castigo que nosso atos merecem e que Deus pode, livremente, justificar o pecador e oferecer-lhe gratuitamente o perdão e a aceitação. É isso que significa estar debaixo da Graça, é viver na mais completa dependência de Deus para nossa salvação e para nossa santificação.

Enquanto você for escravo do pecado, você não tem condições de servir a Deus, porque você já tem um patrão. E o patrão é o pecado. E o pecado vai te dar a sua recompensa que é a morte. Da mesma forma, se você se oferece a Deus como escravo de Deus; Deus será o seu patrão. E você não terá disponibilidade para servir a outro patrão, o pecado, e você levará a sua vida como servo de Deus. E de Deus você vai receber, gratuitamente, a vida eterna e a justiça. 

Referência: Romanos 6

domingo, 21 de abril de 2019

Como ter paz em tempos de guerra?




A justificação do pecador se dá aqui e agora, de maneira completa e terminada, mediante a fé em Jesus Cristo. Não é algo que precisamos esperar para o dia do Juízo. 

Antes de ser justificados dos nossos pecados, estávamos em guerra com Deus. Porque Ele é santo e nós afrontamos a Deus, quebrando a sua lei e desafiamos a Deus pela nossa obediência. É como se disséssemos: eu não me importo com o que você pensa sobre adultério ou sobre olhar mulher dos outros ou sobre ser desonesto ou sobre ter inveja; eu não me importo que o Senhor considera essas coisas erradas, eu faço o que eu quero. Então todo pecado é um ato de guerra contra Deus. 
E Deus por sua vez reage ao desafio dizendo: É assim? Então você está debaixo da minha ira e da minha condenação. Você já vai começar a sentir nesse mundo os efeitos da minha ira e no dia do Juízo eu derramarei sobre você a minha ira completa. Isso significa sofrimento eterno no inferno.

Ou seja, a relação do homem com Deus é de guerra. Não há neutralidade. Se você não está reconciliado com Deus você está no estado de guerra contra Ele e Ele contra você. Mas uma vez que Ele nos justifica desses pecados, toda causa da austeridade é removida. E portanto, não estamos mais em guerra. Justificados pela fé, nós temos paz com Deus. Deus não tem mais nada contra ela. Porque o que Ele tinha contra essa pessoa, Deus já castigou em Jesus Cristo. Jesus já recebeu todo o castigo que aquela pessoa merecia. Portanto, Deus não tem mais nada contra nós e nosso coração está em regozijo e gozo em relação a Deus. A paz com Deus é o resultado da justificação. 

Nós estamos diante do Rei do Universo, criador de todas as coisas, Soberano. Como que eu me aproximo Dele? Como eu tenho acesso à presença Dele? Agora, através da justificação, eu não estou mais em guerra contra Ele e tenho acesso a Deus. Eu posso chegar à presença de Deus. Isso só é possível mediante Jesus Cristo. 
Deus não vai mudar o seu veredito sobre nós porque foi selado com a morte de Cristo. E é isso que vai nos garantir a salvação eterna. Não os nossos méritos, mas o que Deus fez na cruz do calvário, em Cristo Jesus. 

Tribulação é tudo aquilo que neste mundo nos causa sofrimento, que testa a nossa fé e o nosso caráter. Todos nós estamos sujeitos a passar por esse tipo de coisa. A diferença entre nós e os que não foram justificados pela fé, é que a pessoa que não conhece a Deus, procura alívio em coisas ilícitas, amaldiçoam a Deus e reagem muito mal ao sofrimento quando não tem essa âncora, que é a certeza do perdão de Deus por elas. Mas a pessoa que foi justificada em Cristo Jesus, ela tem a atitude de gloriar-se no próprio sofrimento. Gloriar-se é se alegrar. Não nos gloriamos nas tribulações porque é algo prazeroso. Não é! A tribulação é desagradável, traz dor, traz sofrimento. E Deus não quer que a gente ignore isso. No meio de todo esse sofrimento, nós podemos olhar para essa dor com a atitude de glória: Eu me alegro no final, mesmo que eu esteja sofrendo com isso, eu tenho uma alegria íntima com tudo isso.

Por que? Porque nós sabemos porque Deus deixa os seus filhos sofrerem. O alvo de Deus é nos aperfeiçoar, é melhorar o nosso caráter. O caminho de Deus para que você seja completo é o caminho da cruz, e Jesus nunca enganou ninguém. 
É impossível ser justificado e não ter o Espírito Santo. Quando Ele nos perdoou os nossos pecados, Ele nos deu o Espírito Santo como garantia que vem morar em nosso coração. E nos momentos de sofrimento, esse Espírito nos convence do amor de Deus por nós. 

Cristo não é o cabeça da humanidade toda, mas daqueles que são seus. A pergunta "Por que os inocentes sofrem?" não faz sentido. Porque não existem inocentes, a raça toda caiu. A salvação nunca pode proceder da raça humana. Não tem como vir da raça humana a solução pra situação de miséria que nos encontramos. Nenhum ser humano pode suprir o que falta ou de alguma forma alcançar algum mérito diante de Deus que elimine o juízo de Deus. 

Se Deus sabia que tanta gente ia pro inferno, por que Ele fez isso? Porque isso faz parte do plano de Deus, onde no final a sua Graça vai triunfar. E a Graça só pode ser entendida, avaliada e apreciada, se você a lançar contra o contorno da morte, do desespero, da desgraça e da condenação. No plano que Deus articulou desde a eternidade e não havia outra maneira na sabedoria de Deus. A morte, a desgraça, a miséria e a condenação entraram no mundo para que no final reinasse a graça para a justiça, para a vida eterna mediante Jesus Cristo, Nosso Senhor. 

De maneira simples, o porque Deus permitiu o mal no mundo, porque o mal entrou no mundo, porque Deus sabendo de tudo deixou que acontecesse... a resposta é essa: para a sua própria Glória. Para que no final, onde superabundou o pecado, superabundasse a graça. Essa é a história da redenção.

Referência: Romanos 5

domingo, 14 de abril de 2019

Deus não nos deve nada


O objetivo do pregador é explicar ao povo a Palavra de Deus, e não ficar falando da sua própria cabeça. 

As pessoas do Antigo Testamento foram salvas justamente da mesma forma que as pessoas no Novo Testamento: pela Graça. Deus nunca atribuiu justiça com base no mérito, porque nunca teve ninguém no Antigo Testamento ou no Novo, ou hoje, que merece alguma coisa de Deus. A salvação é Graça, é favor de Deus. Não é dívida, não é salário, Deus não é devedor de ninguém. 

Os grandes homens e mulheres do Antigo Testamento foram salvos mediante a confiança nas promessas de Deus, eles criam olhando para o futuro, no Messias que havia de vir. E nós cremos olhando pro passado, no Messias que já veio. Mas sempre foi pela Graça de Deus, nunca pelo Mérito. 

Abraão foi considerado justo diante de Deus, não por nada que ele tenha feito, mas pela fé que ele teve em Deus. O que salvou Abraão foi a fé, mas Deus deu um sinal externo que foi a circuncisão. Abraão é considerado pai espiritual de todo aquele que crê em Deus, nas promessas de Deus, ainda que não seja circuncidado. Ele é pai de todos aqueles que creem no que ele creu, que confiam em Jesus como sendo o Messias. 
Fé e guarda da lei são incompatíveis. Uma anula a outra. Se a promessa de herdar o mundo é pela lei, está excluída a fé. Guarda da lei tem a ver com mérito humano. Se você faz, você tem direito, você mereceu aquilo e no fim a glória é sua. 

Mas a fé não é mérito humano, ela é a recepção gratuita da dádiva de Deus, do presente de Deus. 

Se a salvação é mediante a lei, cancela-se a Promessa, porque a Promessa foi dada diante da fé de Abraão. A promessa foi feita com Abraão em Gênesis, a lei foi dada em Êxodo, 430 anos depois da Promessa. Deus não revogou o acordo que Ele fez com Abraão. Deus não estabeleceu um novo contrato, uma nova base de salvação, a base sempre foi a Fé.
A lei provoca a ira de Deus. Porque nós quebramos essa lei e como resultado Deus fica irado, que é a reação Justa do seu caráter Santo. A lei foi dada para pecadores e nós a quebramos diariamente. A única promessa que a lei traz é que você vai para o inferno, porque você quebrou a lei de Deus. Porque onde não há lei, não há transgressão. Nunca pode ser por nosso merecimento, porque não conseguimos cumprir a sua lei e só merecemos o inferno. 

Fé não é mérito humano. A fé é a mão que se estende súplice para receber a promessa de Deus, a Graça e a Misericórdia de Deus. Ou seja, até crer é uma obra de Deus. Por isso foi pela fé, para que fosse pela Graça, para que Deus mostrasse como Ele é bom. Para que pudéssemos cantar a sua glória e a sua misericórdia para conosco. Essa é a razão pela qual é pela fé, para que seja pela graça. Assim, aqueles que tem fé podem herdar. Se fosse pela lei ou pela circuncisão seria somente dos judeus. 

Qual a razão pela qual você faz as coisas certas? Qual o motivo pelo qual você vai a igreja, lê a Bíblia, ora, busca a Deus? É porque você espera dessa forma obter algum favor, mérito ou reconhecimento da parte de Deus? Ou porque já entendeu que foi salvo pela Graça, pela Misericórdia de Deus e seu desejo maior nessa vida é agradá-Lo. Não pra que você ganhe Dele alguma coisa, porque Ele já lhe deu gratuitamente, mas porque você quer manifestar pra Ele a sua gratidão.

O legalismo é um mal terrível. A confiança que a pessoa tem em si faz cegar o coração, a ponto de acreditar que merece alguma coisa da parte de Deus. A palavra de Deus é muito clara: não é pela lei, não é por mérito, não é por obras, porque se for, exclui a Graça de Deus. Então, onde está a sua esperança? Em quem você confia?

Você não pode ser cristão, se não acredita em milagres. Se não acredita na ressurreição de mortos, se não acredita que Deus pode chamar à existência tudo aquilo que não existe. A ressurreição de Jesus é central para o cristianismo! O que importa no fim é o Deus em que você crê. 

A fé de Abraão venceu vários obstáculos. Ele não enfraqueceu na fé, não desanimou. Ele não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus. A incredulidade é o oposto da fé verdadeira, se recusa a acreditar na existência de Deus e suas promessas. Mas a fé verdadeira pode vacilar. A fé verdadeira se recusa a largar a Deus, ainda que não compreenda e ainda que tenha dificuldades em aceitar a maneira que Deus o trata.

A grande questão não é a fé em si. Mas em quem você crê. Quem salva é Deus e não a sua fé. É Deus quem salva, quem perdoa, que ressuscita, que justifica, que faz existir o que não existe. 

Fé não é pensamento positivo! Fé é a confiança firme no Deus que criou todas as coisas pela palavra do seu poder onipotente, onipresente, onisciente, que é capaz de cumprir tudo aquilo que ele prometeu. 

Fé não é cega, não é um salto no escuro. Fé é a firme confiança nas promessas de Deus. Ela tem uma base, ela se firma numa palavra, numa promessa. Primeiro Deus diz: eu vou fazer isso. E em resposta eu digo: eu creio. Se Deus prometeu, Ele vai cumprir. Ele prometeu perdoar nossos pecados em Cristo Jesus, Ele prometeu nos receber como seus filhos, Ele prometeu o seu Espírito Santo, Ele prometeu que depois da morte nós estaríamos com Ele, Ele prometeu que seu filho Jesus Cristo haveria de voltar, Ele prometeu que um dia nós vamos ressuscitar dos mortos, Ele prometeu que um dia nós vamos herdar esse céu e essa terra, novos, renovados, feitos outra vez. A Bíblia está cheia de promessas do Deus que chama à existência aquilo que não existe. 

A fé salvadora e verdadeira não ignora as dificuldades, não se isola e fica alheia ao que acontece no mundo. Pelo contrário, ela engaja ao mundo a partir da existência de Deus e suas promessas. Não há resposta melhor do que a do cristianismo para as grandes questões fundamentais do homem: Quem eu sou? De onde eu venho? O que estou fazendo aqui? Pra onde eu vou? 

Referência: Romanos 4

domingo, 7 de abril de 2019

Deus é justo e você é mentiroso



O fato da Bíblia ser um livro antigo, em uma cultura que não mais existe, cujos autores estão mortos, fez com que a Reforma Protestante se preocupasse em preparar seus pregadores. Ela é a revelação de Deus pra nós. Se você levá-la a sério, ela vai tirar o melhor de você. 

Há uma tendência no coração humano de se revoltar contra Deus e questionar o Seu julgamento. Há uma tendência no coração humano de não se sujeitar aos oráculos de Deus, de não querer aceitar a revelação de Deus. Não há neutralidade. O nosso coração é inclinado ao mal, nós somos inimigos de Deus por nascimento. É somente pela graça de Deus que nós vencemos essa inclinação hostil a Deus e nos sujeitamos ao senhorio de Cristo. Se Deus não tiver misericórdia de nós, o nosso coração rebelde, carnal, corrupto, vai se levantar contra Deus, questionar e se rebelar. As pessoas são capazes de forjar argumentos e silogismos para justificar a si mesmas e os seus pecados.

A pior notícia que posso dar a você, é que Deus é bom. E por que isso é a pior notícia?
Porque significa que eu sou mau, porque sou inimigo Dele. E vivo num mundo controlado por um Deus bom. E eu não quero ser bonzinho, não quero ser como Ele, eu quero continuar sendo mau e fazendo o que eu quero. Por isso nós devemos rejeitar toda e qualquer desculpa em nosso coração e nossa mente, que incentive, justifique ou diminua o pecado. Nós devemos nos livrar de qualquer tentativa do nosso coração enganoso de abrigar o pecado em nossa mente e em nosso coração, sabendo que Deus conhece todos esses silogismos. 

O dia do juízo vai mostrar que o motivo pelo qual muita gente não leu a Bíblia, não foi por falta de tempo. 
Como Deus pode condenar a humanidade, se o mal entrou no mundo por um decreto de permissão Dele? Como Ele condena aquilo que ele mesmo autorizou? A mesma Bíblia que diz que Deus é soberano e senhor absoluto de todas as coisas é também a mesma Bíblia que diz que os judeus são responsáveis pela sua incredulidade e que você é responsável pela sua rebelião e que Deus será perfeitamente justo no dia que Ele julgar você pelos seus pecados. Por isso só podemos ter uma atitude diante da Palavra de Deus: nos curvar diante Dele, reconhecer os nossos pecados, confessar a Ele a nossa iniquidade e clamar por sua misericórdia. 

A existência de Deus é auto evidente, ela está no coração de todo mundo. O que acontece é que as pessoas rejeitam esse conhecimento. Por isso  os pagãos não podem argumentar diante de Deus, no dia do juízo, que não sabia que existia Deus. O conhecimento de Deus é inato ao homem. Ninguém nasce ateu ou idólatra. Mas perversões desse tipo são desvios implantados no coração do homem desde a sua concepção.

Todos estão debaixo do pecado. Isso significa que nós estamos escravizados pelo poder do pecado. Ou seja, o homem não é livre para fazer o bem. O impulso no coração do homem é sempre para o lado do pecado e se deixado à sua própria escolha, o homem sempre vai seguir essa inclinação. 

E as pessoas boas, generosas, que fazem o bem na humanidade? Muitas delas nem acreditam na existência de Deus. É verdade, mas isso que você percebe nelas não é o resultado de uma ação livre do coração delas, mas é a misericórdia de Deus atuando na humanidade, para que nós não nos destruamos uns aos outros. Deus age no coração mesmo naquele que não crê Nele, apaziguando, segurando, dando domínio próprio, impulsos para fazer o bem, claridade de julgamento, de forma que a humanidade, mesmo que seja pecadora, ela pode viver em sociedade, por causa da Graça de Deus. Se Deus tirasse a sua Graça e Misericórdia, nós nos destruiríamos rapidinho. 

A força do pecado é muito maior do que as suas melhores intenções. É isso que significa estar debaixo do pecado.Você não consegue mudar pela sua própria força. Estar debaixo do pecado significa não somente estar escravizado pelo poder do pecado, mas que você está condenado pelo pecado, porque pecado é a desobediência à lei de Deus. É você rejeitar essas revelações que Deus fez de si mesmo. É você fazer pouco caso de Deus. E o Deus que é Santo, que é criador de todas as coisas, é onisciente, todo poderoso, que te conhece e lhe acompanha, não pode deixar a sua desobediência passar em branco. A justiça de Deus exige que você seja punido. 

Estar debaixo do pecado é estar debaixo da ira de Deus, por conta desses pecados. É não ter desculpa diante de Deus pelos seus pecados. E essa é a condição de toda a raça humana. Estar debaixo do pecado significa também que você é incapaz de resolver essa situação. Por mais boas obras, caridade, gestos de gentileza, não paga. Você está debaixo da justa condenação. 

Não há ninguém que é justo, que seguiu os preceitos de Deus, que fez o que Deus havia dito, que andou nos caminhos de Deus. Não há um único justo, todos somos injustos. A injustiça significa você se portar diferente daquilo que Deus diz que é correto. Uma vida que não é vivida para a glória de Deus, que é o objetivo pelo qual fomos criados, é uma vida que se perde. 

Temor a Deus é saber que existe um Deus que lhe conhece,  onipotente, onipresente, onisciente, e que Ele é poderoso para chamar você a prestar contas do que você faz. Se você temesse a Deus, você não fazia o que você faz. Temer a Deus significa honrá-lo, respeitá-lo, amá-lo. A ponto de que você vai viver para Ele e para a Glória Dele. Onde não há temor a Deus, as pessoas fazem o que elas querem, porque não temem o Juízo. 

Ninguém será salvo fazendo as obras da Lei, porque esse não é o propósito da Lei. A Lei veio para calar sua boca, tornar você culpado diante de Deus e lhe dar pleno conhecimento da razão pela qual você está condenado. 

Você não pode mudar quando você quer, você é escravo das suas paixões, dos seus pensamentos, das suas vontades. Se Deus não interferir na sua vida, não chamar você, esclarecer seu coração, mudar a orientação do seu coração, você vai morrer nos seus pecados. Nada bom vem de você. 

Deus é infinitamente justo. O que significa que se Ele vai salvar pecadores condenados, tem que fazer isso de uma forma que não seja injusta. Deus pode fazer tudo aquilo que não for contrária à sua natureza. Deus não pode, porque Ele é justo, inocentar um culpado. Porque é contra a justiça Dele. A justiça Dele exige que o pecado seja castigado. O pecado tem que ser punido. Se não Ele não é Deus. 

Essa ideia de justificar pecadores tem origem Nele. Foi plano Dele. E consiste simplesmente em pegar uma justiça alheia e nos dar essa justiça. Ele nos justifica não com base naquilo que nós somos ou fazemos. O plano de Deus então foi pegar a justiça de outra pessoa e aplicar à pecadores que não tem justiça própria: Jesus. Esse plano foi revelado desde o início da criação do mundo. 

É mediante a fé que Deus aplica essa justiça de Cristo à nós que não temos justiça nenhuma. 
A fé é estender a mão e receber a justiça de Deus. Fé não é pensamento positivo ou um salto no escuro... Mas é um entendimento claro de quem é Jesus Cristo, o que ele  veio fazer na cruz e depositar uma confiança plena Nele e na promessa de Deus. 

A fé anda junto com compreensão. Fé sem entendimento é misticismo, superstição, é conto de fadas. Por isso que Deus se revelou a nós através de um livro, que tem que ser entendido, ensinado, pregado. Se Deus não quisesse que a nossa mente participasse desse entendimento, Ele não precisava de livro, Ele aparecia em sonho, visão, todo dia. Mas exatamente porque Ele não faz isso, é que Ele se revelou num livro, onde o plano Dele está escrito. 

A justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo implica que eu tenho que abandonar a minha justiça, renunciá-la, para que eu possa aceitar a justiça de Deus. Elas são incompatíveis, portanto a fé exige renúncia e arrependimento. Por isso que vem juntas na Bíblia: arrependei-vos e crede. Isso é fé: quando você renuncia finalmente a você mesmo. 

Você foi justificado pela fé, mediante a Graça, sem obras da lei. Quer saber como viver a partir de então? Seguindo os mandamentos de Deus. A Lei não é nosso caminho de salvação, mas é uma norma de gratidão a Deus. É assim que eu agradeço a Deus pelo que Ele fez por mim. 

Já não há condenação para aqueles que estão em Cristo. Porque a ira de Deus se aplacou com relação a você. Seu pecado foi pago, foi perdoado completamente. Cristo levou sobre si todo o castigo que você merecia. Deus usa as aflições deste mundo para nos corrigir, como filhos, como meio de aperfeiçoamento do caráter. Nós sofremos neste mundo como os ímpios. Mas para eles é juízo, é Deus começando a derramar o cálice de ira, mas para nós, que estamos em Cristo, é santificado pelo Espírito Santo como meio de nós crescermos aqui. 

Seja grato e louve a Deus por tudo o que Ele é e o que Ele fez por nós. 

Referência: Romanos 3