domingo, 23 de junho de 2019

Cristãos fracos e fortes



Jesus é Senhor e essa foi a razão pela qual Ele ressuscitou de entre os mortos. Isso significa que todos os seres humanos, de todas as épocas estão debaixo do seu senhorio, domínio e que um dia Cristo haverá de julgar a todos. É por esse motivo que fortes e fracos buscam honrar e agradar ao Senhor Jesus naquilo que acreditam e praticam, pois nós nem vivemos e nem morremos para nós mesmos, mas para o Senhor Jesus, portanto, esse é o nosso alvo na vida e na morte.

As categorias de fracos e fortes não são categorias espirituais. Ao chamar os cristãos de fracos, Paulo não está negando que eles tinham fé ou que eram crentes no Senhor Jesus Cristo e tinham conhecido a graça de Deus. Mas sim porque o conhecimento e a fé que eles tinham amadurecido o suficiente para perceber que tais coisas são indiferentes. Elas não fazem parte e não são essenciais para a vida cristã. E talvez essa fraqueza mencionada pelo apóstolo era a sensibilidade para se escandalizar ao ver outras pessoas fazendo isso. 

Os chamados de fortes, não era por serem mais espirituais e sim porque a consciência deles já tinha resolvido essa questão e eles podiam comer sem culpa aquele tipo de alimento, se sentiam livres para desfrutar de todas as coisas criadas por Deus, em termos de alimentação. Ou seja, fraco e forte não tem a ver com a questão da salvação, mas com o amadurecimento espiritual e crescimento na fé. 

Isso nos ensina que há assuntos dentro do cristianismo que não são  matéria de fé, que são questões secundárias, e ainda sobre as quais os cristãos divergem, por causa do passado, suas experiências, a sua maneira de ver o mundo, a maneira que foi criado, o pano de fundo religioso. Se essas matérias são matérias de liberdade cristã de consciência e não tem nada a ver com as grandes doutrinas do Evangelho, elas são secundárias.

Há uma série de circunstâncias que influenciam a maneira como as pessoas fazem interpretações e como elas apercebem da realidade. Então temos que estar preparados, porque há diferentes opiniões sobre questões secundárias dentro do cristianismo. E precisamos aprender a conviver com os irmãos e acolher os nossos irmãos em Cristo, não para discutir opinião e não para julgar ou condenar.

O relacionamento tem que ser guiado pela consciência de que Jesus Cristo é o nosso Senhor, é a Ele quem nós queremos agradar, é pra Ele que nós comemos e deixamos de comer, é pra Ele que vivemos e é pra Ele que nós haveremos de morrer. E é diante Dele que nós haveremos de prestar contas dos nossos atos e é Diante dele que nós estamos de pe ou caímos. A consciência do senhorio e Jesus nos unifica debaixo do seu trono, nos coloca juntos, unidos debaixo da consciência de que do seu domínio sobre todos. Se focarmos no Senhor Jesus nós poderemos conviver com as nossas diferenças. 

Escandalizar ou colocar tropeço não é ofender alguém, mas sim levar alguém a pecar através do seu exemplo. Ou seja, escandalizar é você, pelo seu exemplo, estimular alguém a fazer alguma coisa cuja a consciência dele não está preparada pra fazer. 

Em matéria de liberdade cristã, nessas coisas secundárias, o princípio que me guia não é o princípio da liberdade, mas sim o princípio do amor ao próximo e o princípio do amor às coisas de Deus. O resultado prático é que vão ter situações em que eu vou ter que abrir mão da minha liberdade para não causar tropeço, nem colocar dificuldade no avanço do Reino de Deus. 

Romanos 14


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