domingo, 25 de fevereiro de 2018

Pecado não tratado, é pecado replicado


A lei judaica proíbe o incesto e a cultura romana condenava o incesto com exílio. Os coríntios estavam cometendo pecados que eram condenados até mesmo pelos ímpios. Eram impuros (sexo), avarentos ou idólatras (dinheiro), beberrões (bebida), maldicentes (língua).

Perfeitos nós seremos. Mas perdoados já somos. Todos os problemas derivam do orgulho. O amor é aquilo que não olha a retribuição. A igreja de Jesus Cristo é feita de pecadores perdoados. Todo pecado que não é disciplinado, é replicado, porque se torna padrão.

No Antigo Testamento, Josué mata todas as pessoas quando entra na cidade. Por que? Deus criou o mundo. Aquelas pessoas estavam na terra de Deus, e não deram louvor a Ele. Eles não se arrependeram e Deus fez juízo.

Toda pessoa que tem um ombro amigo, tem a chance de ter um pecado evitado. Quando alguém peca, afeta a pessoa, a família e toda a comunidade. O capítulo 18 do evangelho de Mateus é o guia para disciplinarmos o outro. Primeiro: repreenda-o sozinho, no amor. Segundo, chame um irmão e vá até ele. E por último, apresente à comunidade e se ele não se arrepender, exclua-o. Se a pessoa não está arrependida, ela não pode ser tratada como membro da igreja de fé.

Quem ama cuida. Quem ama repreende. Quem ama disciplina. Muitas vezes atrapalhamos a ação de Deus na vida do outro. Nosso grande problema é que jogamos pedras nos pecadores e amamos os hereges. A família deixou de repreender. Por isso a família deixou de amar. Quando um irmão peca, a igreja pratica maledicência, ao invés de chorar e confortá-lo. Porque vivemos no tempo da tolerância.

Se não temos essa relação dentro de casa, como será lá fora? Toda criança saudável, toda vida saudável, toda empresa saudável, requer ajustes. Porque o nosso coração é mau. Nunca sacrifique todos, pelo bem de um. Mas sacrifique um, pelo bem de todos. Como Cristo fez.

A salvação não é nossa jurisdição. Não é algo que decidimos pela paz no coração. Você se santifica e se livra do pecado, porque você foi salvo. Já fomos perdoados. Somos um novo homem em Cristo. Já fazemos parte da comunidade dos santos.

Perversidade é quando eu uso o nome de cristão para conseguir algo que o meu orgulho quer. Sinceridade é quando a motivação é correta. Não somos sinceros, somos mal educados. Porque a verdade é a ação que colocamos à vista das pessoas. Não somos chamados para julgar motivações. Somente frutos da verdade. Fazer boas ações não salva ninguém, porque a motivação revela a perversidade. Jesus se entregou para que pudéssemos alcançar a Deus e para que Ele nos alcançasse.

Jesus nunca bateu em pecador. Só em religioso. Até o diabo, é o diabo de Deus. Porque Deus é soberano. Ele rege todas as coisas. Se relacionem com os não-cristãos, seja luz do mundo. Disciplina não é julgar a motivação ou os dons, mas o ato de amor diante de uma ação concreta desastrosa. Se relacione com um não-cristão que ama o dinheiro, mas não se relacione com um cristão que ama o dinheiro, porque Ele não ama a Deus.

Os católicos tem seus santos de madeira e os crentes tem seus ídolos na carteira. Jesus não precisa de defesa. Mas as pessoas precisam ver o verdadeiro Jesus em nós. O que está destruindo a relevância da nossa igreja não é a batalha espiritual dos anjos das trevas, mas o relacionamento não vivido,o testemunho mal dado.


Referência: 1 Co 5, 1-13

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Deus projetou. Jesus executou. O Espírito Santo aplicou



Por ser uma cidade com pessoas diversas, Corinto tinha uma cultura diversa. Os cristãos queriam trazer essa cultura para dentro da igreja. A igreja estava ameaçada pelo espírito de divisão por causa das projeções dos líderes. Apesar de serem ricos em dons espirituais, eles estavam se desviando do foco.

Paulo comparou a igreja com uma família. Você nasce como um bebê, mas é exigido maturidade. O Evangelho é o mesmo. Os métodos são diferentes. Deus é quem dá o crescimento. Nós somos cooperadores, nem missionários somos, porque a missão é de Deus.

O fundamento já foi lançado. Nós construímos sobre a base certa, a pedra angular: Cristo crucificado. Tudo que é construído, tem que ser sobre a base. Construir com algo precioso é lindo. Demora, mas quando vem o fogo, o ouro é refinado e purificado.

O ministro de Cristo é um escravo condenado à morte, sem vontade própria. É assim que Paulo se considera e quer ser visto pelos seus irmãos. Um despenseiro é um superintendente em relação aos outros escravos, mas ele também é escravo. Ele administra a despensa, mas não tinha a responsabilidade de enchê-la. Ele é responsável por uma alimentação adequada. Se é hora de tomar leite, ele não dá churrasco. Se é hora da refeição, ele não traz a sobremesa antes.

Não podemos ter medo de falar o que deve ser dito e administrar esse galpão da forma que Ele quer. Todo despenseiro terá que prestar contas do que fez com a sua despensa. Você é um mero mordomo. Como você administra isso? Você acha que a despensa é só para você? Deus dá de forma variada. Não existe privilégio sem responsabilidade.

Todos nós somos despenseiros da graça de Deus escravos da Sua vontade. Nós manifestamos isso na relação com o nosso próximo. Todos nós daremos conta daquilo que recebemos de Deus.

Não existe razão para transformar algo em ídolo, porque tudo é de vocês. Qualquer pessoa levantada por Deus para ministrar é nossa. Tudo é nosso. Deus é nosso e nós somos de Deus. Tudo recebemos de Deus. Não há nada especial em nós. Se não vier da despensa de Deus, nós não teremos nada.

Paulo não tinha crise de consciência, porque quem justifica é Jesus Cristo, na cruz. Deus julgará a todos. Não cabe a nós fazer juízo. Não há como julgar sem ter clareza de tudo. Nenhum juiz humano consegue conhecer os desígnios do coração do homem. Tem muita coisa bonita que Deus não aprova. Tem muita coisa que parece santa, mas que nasceu no inferno. Quem vive por sua ganância, enganando a todos, a Deus não enganará e do juízo divino não passará.

Deus plantou em nós um código de moralidade. Paulo não se submetia à sua consciência, mas ao juízo de Deus. A consciência não tem capacidade de mostrar o que é o pecado, porque ela é movida por nossas emoções.


Referência: 1 Co 4, 1-21

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Ser diferente é diferente de ser melhor ou pior



Um homem carnal é superficial no conhecimento de Deus. Se você tem que tomar leite, é porque vive na superficialidade de Deus. Não existe uma doutrina para aprofundar na sabedoria de Deus. Quando colocamos o foco na pessoa, mostra que não entendemos nada de cristianismo. Quando não temos o conhecimento correto, não conseguimos viver a realidade para a qual fomos chamados.

Ser igreja é não negociar a glória. A glória é só de Deus. A glória é só de Deus. Primeiro, porque Ele é Deus. Ele criou tudo e tem o direito de se gloriar. Segundo, para nos proteger. O ser humano tem tendência a criar ídolos. A idolatria cria divisões na igreja. O ser humano tem necessidade de competição.

A igreja de Corinto colocou o foco na coisa certa, mas do jeito errado. Jesus não aceita resto. Ele tem que ser tudo. A igreja de Corinto reduziu Jesus a só mais um cara, tipo Pedro, Paulo, Apolo. Nada pode ser mais importante que Jesus.

Os coríntios perderam a irmandade, porque perderam o fundamento. O espírito de colaboração nos faz olhar para o outro, do jeito certo. O jeito certo é olhar o outro como superior a você. Mas isso é contra a minha natureza. Ver o outro como superior a mim.

O único fundamento é Jesus.  Ele nos vê e diz: “É tudo pecador. É tudo alvo do meu amor.” Por isso é tão bonito. O dono da igreja é Jesus. Por isso que ela dá certo, mesmo com tanta gente diferente. Ser diferente é diferente de ser melhor ou pior.  Somos todos diferentes. Jesus é quem nos une.

A igreja tem de tudo. Todo tipo de pessoa. Quando entendemos que Jesus é o único fundamento. Vai olhar para a pessoa do lado e ver como é linda e preciosa. Vai ver o quanto ela tem a oferecer. Você vai melhorar porque não tem melhor ou pior. Quando entendo que o fundamento é Jesus, que a glória é de Jesus, eu sou a pessoa mais beneficiada, porque tudo é meu. Tudo é nosso.

Referência: 1 Co 3, 1-23