O nosso chamado é para a unidade e santidade, não a
uniformidade. Deus quer que sejamos um, sendo diferentes. Sempre haverá
conflitos. Nós é que temos que aprender a lidar. Nem todas as questões são
passíveis de serem resolvidas na Igreja. Nos primórdios, a justiça era
auto-tutela, o mais forte prevalecia. No império romano, surgiu um sistema de
arbitragem, onde homens influentes eram eleitos árbitros para resolver e
julgar. Os pobres não tinham acesso. Hoje, o Estado é o administrador da
justiça (executivo, legislativo, judiciário). O Estado é que tem o poder de
dizer o que é certo e o que é errado.
Se possível, devemos ter paz com todos. Podemos ter
fracassos, mas não devemos fazer alarde do problema, senão quebramos o
testemunho da igreja. Nada é mais poderoso na quebra do testemunho da igreja,
do que a quebra do relacionamento dos irmãos. Se havemos de julgar o mundo, é
incoerente levar as nossas causas para serem julgadas por aqueles que iremos
julgar. Juízo é tornar claro todas as coisas, trazer consciência e, não
somente, condenar.
Nosso propósito não se resume a ter experiências com Deus.
Os animais e as plantas têm experiência com Deus. Mas somente nós podemos ter
consciência dessa experiência e proclamar quem Ele é. Porque o nosso chamado é tornar
Ele conhecido por todos. Também somos chamados a sofrer o dano. Quando você dá
a sua face, você é ferido na honra. Quando você caminha mais uma milha, você é
ferido na sua vontade.
Às vezes, estender o perdão a alguém é tomar o prejuízo.
Mas Jesus não nos deixou livres para escolher. O único motivo pelo qual fomos
salvos, é para estender esse perdão aos outros. Não importa se algum dia você
foi imoral, adúltero, homossexual, ladrão, bêbado, caluniador, maldizente (2 Co
6, 9-10). Importa que um dia você foi lavado, justificado e chamado à
santificação.
Referência: 1 Co 6,
1-11
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