domingo, 4 de março de 2018

Se possível tenham paz com todos




O nosso chamado é para a unidade e santidade, não a uniformidade. Deus quer que sejamos um, sendo diferentes. Sempre haverá conflitos. Nós é que temos que aprender a lidar. Nem todas as questões são passíveis de serem resolvidas na Igreja. Nos primórdios, a justiça era auto-tutela, o mais forte prevalecia. No império romano, surgiu um sistema de arbitragem, onde homens influentes eram eleitos árbitros para resolver e julgar. Os pobres não tinham acesso. Hoje, o Estado é o administrador da justiça (executivo, legislativo, judiciário). O Estado é que tem o poder de dizer o que é certo e o que é errado.

Se possível, devemos ter paz com todos. Podemos ter fracassos, mas não devemos fazer alarde do problema, senão quebramos o testemunho da igreja. Nada é mais poderoso na quebra do testemunho da igreja, do que a quebra do relacionamento dos irmãos. Se havemos de julgar o mundo, é incoerente levar as nossas causas para serem julgadas por aqueles que iremos julgar. Juízo é tornar claro todas as coisas, trazer consciência e, não somente, condenar.

Nosso propósito não se resume a ter experiências com Deus. Os animais e as plantas têm experiência com Deus. Mas somente nós podemos ter consciência dessa experiência e proclamar quem Ele é. Porque o nosso chamado é tornar Ele conhecido por todos. Também somos chamados a sofrer o dano. Quando você dá a sua face, você é ferido na honra. Quando você caminha mais uma milha, você é ferido na sua vontade.

Às vezes, estender o perdão a alguém é tomar o prejuízo. Mas Jesus não nos deixou livres para escolher. O único motivo pelo qual fomos salvos, é para estender esse perdão aos outros. Não importa se algum dia você foi imoral, adúltero, homossexual, ladrão, bêbado, caluniador, maldizente (2 Co 6, 9-10). Importa que um dia você foi lavado, justificado e chamado à santificação.

Referência: 1 Co 6, 1-11


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