Contexto histórico da carta de Coríntios: havia ostentação
intelectual, material e de status pessoal. A igreja era formada
majoritariamente por escravos, mas os escravos ficavam separados. Os livres se
dividiam de acordo com quem concordavam (Paulo, Apolo e Pedro). Eles
distorceram a base da mensagem. Tiraram Deus do centro e cultuavam as
personalidades, de acordo com os valores de Corinto (se colocar a partir da
opinião/pensamento de alguém).
Quem somos, por que somos e para quê nós vivemos é o que
fala na carta de Coríntios. O cristianismo é a mensagem que vai nos trazer a
comunhão. A igreja é lugar de transformação, por isso precisamos nos lembrar
que somos uma congregação de pecadores. Os coríntios usavam os dons espirituais
para ostentação, e não para o serviço. Essa carta ressalta que foi Deus quem
deu.
O motivo dessa carta é estabelecer a comunhão verdadeira
com Deus e com os outros. Deus nos chamou para a comunhão com Seu Filho. E no
seu Filho, acontece a comunhão com os outros. Eles são ricos pelos dons da
graça.
A salvação deve desembocar um novo estilo de vida: servir
ao outro. Eles tinham enriquecido, mas esqueceram da graça. Quando as coisas
estão boas demais, é possível esquecer quem nos colocou lá.
Somos tendenciosos a nos esquecer das coisas boas, dos
valores, dos princípios. No momento de crise, as nossas emoções cegam as nossas
razões. Quando for tratar de uma crise, comece pelas coisas boas. Elogie antes
de descer a lenha. Isso abre o coração do outro para te ouvir. Reafirme os
propósitos, os começos, as alianças. Paulo sabe brigar, porque ele briga por
amor.
Deixaram de se reunir pela graça em nome de Jesus e
passaram a se reunir em nome de uma personalidade. Os seguidores de Apolo:
valorizavam a inteligência retórica (forma de falar); de Pedro: estavam brigando
pelas mesas (o que come, o que não come, voltar ao AT); de Paulo: tinham ligação
afetiva com a história (valoriza o linguajar) e os de Cristo: eram os jovens
radicais (não me submeto a ninguém, sou de Jesus). Paulo afirma que os
coríntios estão com muitos problemas porque removeram o Senhorio de Jesus. Até
o batismo se torna ostentação. Paulo traz de volta o Senhorio de Jesus.
Na igreja, a autoridade é de Cristo e todos nós dependemos
Dele. O nome de quem quer que apareça, é rival de Cristo. Infelizmente, somos
iguais aos coríntios. Nossos parâmetros de sucesso estão equivocados. Sou eu
que aplaudo, quando os ídolos aparecem.
As divisões e desuniões acontecem porque os olhos estão em
algum lugar que não é Jesus Cristo. O que temos que recuperar é: o que eu faço
não é para ter mais de Cristo, mas para Cristo ter mais de mim. O ponto que nos
une é a cruz de Cristo. É ela quem tem que estar no centro da nossa vida. É o
que restaura o que sou incapaz de fazer. A ceia é a forma de lembrar que a
graça veio para o coletivo.
Precisamos nos arrepender. Trocamos a centralidade de
Jesus, pela centralidade das personalidades. E aplaudimos. Jesus precisa ser o
centro do nosso culto. O Evangelho não é para ser ostentado, é para ser
pregado. Quando confiamos em nós mesmos, com base nessa sabedoria, terminamos
com facções e idolatria.
Referência: 1 Co
1, 4-17
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