domingo, 14 de janeiro de 2018

Fazer o que importa, importar mais



Contexto histórico da carta de Coríntios: havia ostentação intelectual, material e de status pessoal. A igreja era formada majoritariamente por escravos, mas os escravos ficavam separados. Os livres se dividiam de acordo com quem concordavam (Paulo, Apolo e Pedro). Eles distorceram a base da mensagem. Tiraram Deus do centro e cultuavam as personalidades, de acordo com os valores de Corinto (se colocar a partir da opinião/pensamento de alguém).

Quem somos, por que somos e para quê nós vivemos é o que fala na carta de Coríntios. O cristianismo é a mensagem que vai nos trazer a comunhão. A igreja é lugar de transformação, por isso precisamos nos lembrar que somos uma congregação de pecadores. Os coríntios usavam os dons espirituais para ostentação, e não para o serviço. Essa carta ressalta que foi Deus quem deu.

O motivo dessa carta é estabelecer a comunhão verdadeira com Deus e com os outros. Deus nos chamou para a comunhão com Seu Filho. E no seu Filho, acontece a comunhão com os outros. Eles são ricos pelos dons da graça.

A salvação deve desembocar um novo estilo de vida: servir ao outro. Eles tinham enriquecido, mas esqueceram da graça. Quando as coisas estão boas demais, é possível esquecer quem nos colocou lá.

Somos tendenciosos a nos esquecer das coisas boas, dos valores, dos princípios. No momento de crise, as nossas emoções cegam as nossas razões. Quando for tratar de uma crise, comece pelas coisas boas. Elogie antes de descer a lenha. Isso abre o coração do outro para te ouvir. Reafirme os propósitos, os começos, as alianças. Paulo sabe brigar, porque ele briga por amor.

Deixaram de se reunir pela graça em nome de Jesus e passaram a se reunir em nome de uma personalidade. Os seguidores de Apolo: valorizavam a inteligência retórica (forma de falar); de Pedro: estavam brigando pelas mesas (o que come, o que não come, voltar ao AT); de Paulo: tinham ligação afetiva com a história (valoriza o linguajar) e os de Cristo: eram os jovens radicais (não me submeto a ninguém, sou de Jesus). Paulo afirma que os coríntios estão com muitos problemas porque removeram o Senhorio de Jesus. Até o batismo se torna ostentação. Paulo traz de volta o Senhorio de Jesus.

Na igreja, a autoridade é de Cristo e todos nós dependemos Dele. O nome de quem quer que apareça, é rival de Cristo. Infelizmente, somos iguais aos coríntios. Nossos parâmetros de sucesso estão equivocados. Sou eu que aplaudo, quando os ídolos aparecem.

As divisões e desuniões acontecem porque os olhos estão em algum lugar que não é Jesus Cristo. O que temos que recuperar é: o que eu faço não é para ter mais de Cristo, mas para Cristo ter mais de mim. O ponto que nos une é a cruz de Cristo. É ela quem tem que estar no centro da nossa vida. É o que restaura o que sou incapaz de fazer. A ceia é a forma de lembrar que a graça veio para o coletivo.

Precisamos nos arrepender. Trocamos a centralidade de Jesus, pela centralidade das personalidades. E aplaudimos. Jesus precisa ser o centro do nosso culto. O Evangelho não é para ser ostentado, é para ser pregado. Quando confiamos em nós mesmos, com base nessa sabedoria, terminamos com facções e idolatria.

Referência: 1 Co 1, 4-17



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