A mensagem da cruz é muito mais grandiosa do que o nosso
cérebro consegue expressar, entender. Se a cruz de Cristo não for significativa
(houver transformação) não adianta cantar, pregar, oratória. Esse é o pior
estágio que uma igreja pode chegar: perder o significado da mensagem da Cruz.
“Maldito o que morre no madeiro”. Para os judeus, a pessoa
que morre no madeiro não poderia ser citada na genealogia. A história de vida
poderia ser apagada, porque a vida dele não valia a pena ser vivida. A cruz é o
aniquilamento da pessoa e da história que ela carrega.
A igreja de Corinto sofria influência dos gregos e dos
romanos. Os gregos por sua sabedoria arrogante e deslumbre do conhecimento; os
romanos pelo culto às celebridades, principalmente políticos. A igreja de
Corinto coloca o secundário no lugar do essencial e vice-versa.
A igreja é um ensaio do Reino de Deus: comunhão, unidade, acolhida.
Jesus mostra que não deve haver exclusões, mesmo por causa da “moral”. Jesus
andou com gente pior que Ele. Ele transita com os diferentes, para acolher. Gostar
de alguém, ter afinidade, não é problema. Mas a exclusividade sim. Fazer aquela
pessoa ser a única certa. Se afunilarmos o pregador (pensar que para cultuar a
Deus, eu preciso dele) isso prejudica o culto a Deus.
A sabedoria pertence a Deus. Tudo que existe, alguém lá
atrás disse: haja. Deus tem prazer em dar sabedoria. Nascemos desorientados.
Precisamos ser cuidados muito tempo para conseguir viver. A sabedoria pode nos
dar mais orientações à nossa vida. É possível julgar a ação. Mas não devemos
julgar a pessoa.
Nossa ingratidão é tão profunda que não percebemos as
flores que Deus coloca no nosso caminho. A vida pode ser bonita a partir do
horror da Cruz. Quando percebemos a mensagem da cruz, nossa vida é reduzida à
nada. O Evangelho não permite que nós nos prendamos ao mundo.
Deus está operando uma grande missão para consertar as
nossas perdas e frustrações. A vida é uma chamada constante à entrega. O que
gera esperança e confiança em Deus é a obra da cruz e a esperança da
ressurreição. Jesus não é um curandeiro. Ele é Salvador e Senhor! Avareza e
ganância é um estado de ser, não é uma questão socioeconômica.
Deus gosta de gente que sofre, porque é deles que Deus
levanta uma nova identidade.
Referência: 1 Co
1, 18-31
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